
Diz-me, diz-me no instante
o que te percorre!
Diz-me de repente
o que sentes!
Diz-me o que te esmaga
o que te sufoca,
o que te emudece
o que te enraivece
diz-me,
sim diz-me!
Diz-me sem medo
sem hesitação e sem murmúrio,
num grito bradado
e nunca velado, sonhado ou emudecido.
Não cales,
não me cales a vontade de saber!
Não me impeças de conhecer a
essência da tua dor,
a clareza do teu contentamento.
A não ser,
que se assome o som,
o timbre de silêncio que escutas,
luminoso e brilhante no fundo de ti...
A não ser que te encontres
naquele que não tem nome,
naquele que tudo extingue.
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