segunda-feira, 20 de abril de 2009

O MAR

Penso Existir,
penso Azul e o Céu,
penso o Verde e Oceano,
branco de espuma,
luz de todas as cores.
Penso a Chuva, gota do mundo
penso o Ar, vento inebriante
penso livre, livre no Azul Céu
penso voar e alcançar a Luz das Estrelas,
num sonho sem fim!

(Sentir e Ser - 2009)

SOU

Sou o Mar, o Vento e as Estrelas,
pássaro livre,
bebo o ar inebriado de Sol, luz, tranquilidade.
Voo, além de tudo e todos,
sobre o Mar.
Sinto gotas de chuva e estou acima das nuvens,
onde o céu é azul e o Sol acende o dia.
Sou e não sou, o meu existir não tem fronteiras,
e no entanto,
sinto,
Liberdade e Felicidade,
sem forma sem grilhões e amarras.
Sonho um espaço aberto,
onde vozes ecoam acima das montanhas,
o canto da Humanidade sem forma, num existir pleno de Luz.
Sou o Som e a Música do Universo, um hino de Infinito e Eterno,
Para lá de tudo, a energia de ser, a liberdade de não ser, fluir e deixar ir eternamente, infinitamente… Sou e não sou…

(Sentir e Ser - 2008)

UM

Relance de cor,
grão de pólen em flor de arco-íris.
És borboleta efémera,
ave eterna atravessas as brumas
e lá no alto, adejas as asas
em direcção à Luz,
constante, imutável, densa de Ser.
Tens a energia, és gaivota
sobre as espuma do Mar
E serás sempre,
UM
Infinito
pedaço do Universo.

(Sentir e Ser - 2008)

DO NADA

Estou completa,
de Nada.
O Nada, que preenche este existir físico,
Fronteira de um mundo, conhecido e apreendido.
Para além do Nada,
dissolvo a minha existência,
e sou um Ser que caminha,
aos olhos do mundo.
Estarei aqui? Achas que sim?
Talvez seja apenas a chama de uma vela,
um grão de Luz.
Estarei aqui?
Talvez no vasto céu
imenso azul.
Tenho o Nada
na ponta dos dedos.
Sinto o Todo
e continuo a Ser
Nada.
Dissolvo novamente o Existir
e parto para lá do mundo,
só a música fica.
Não me persigas
Pois eu sou Nada

SÚBITO

Subitamente apareceste
Subitamente te vi
Subitamente
à tua porta
Subitamente aqui,
Amei,
Sem presente e sem futuro.
Subitamente parti,
Subitamente partiste.
Subitamente
Lágrimas,
Que de súbito secaram,
Tão súbito e forte
O sopro da Vida
A chama que se extingue
Subitamente
O fim!

(Sentir e Ser - 2009)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

VOAR

Estende as asas!
Voa, para além de ti,
realiza a Existência do não Ser
na vastidão da Vida,
gota de prata no Universo.
Sê, o Amor criador
na grandeza do infinitamente pequeno.

(Sentir e Ser - 2008)

PARTIR


Um dia partirei,
e quando partir,
verás no meu rosto
a Luz da felicidade,
espelho do meu destino.
Olha os meus olhos,
vítreos.
Mergulha e segue-me.
Nada temas.
Alcançarás as alturas.
Plana comigo
no topo do mundo,
nas profundezas do oceano mar.
Nada me prende.
Espera-me a Liberdade.
Vai…
(In Sentir e Ser - 2008)

ERGUE-TE

Atreve-te a olhar
Contemplar o céu Azul
Adivinha o Sol
Para lá das Brumas
Sentes?
Lá, onde os pássaros são livres
Sabias?
Há borboletas de mil cores
E horizontes sem fim
Atreve-te a descobrir as Estrelas
Luz da escuridão
Lá, onde mil sois acendem a noite
Ergue-te e Sê
Tu
Só desta vez
Só nesta Vida

(Sentir e Ser - 2008)

Na tua saudade...

Há muito que parti
e o vazio da minha ausência,
preenche os teus dias.
Não me procures,
não me alcançarás nas árvores do parque.
Não me procures criança,
não estou na água do ribeiro,
nem nas pedras do teu caminho,
ou na bola que jogas.
Não estou nas lágrimas salgadas de um sonho,
estou aqui, em toda a parte.
Soprarei na tua vida,
como uma serena brisa de Primavera,
preencherei de leveza o teu coração...
e estarei no silêncio
de uma distante canção de embalar,
há muito guardada na tua memória.
E na Luz do teu sorriso

(Sentir e Ser - 2008)