quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

MEMÓRIAS DO FIM

Às vezes vislumbro o fim,
repentino,
súbito!
Não é mas parece,
o fim de uma comédia.

Acabo-me!
Num sorriso imperceptivel.

(Sentir e Ser - 2012)

INDAGADOR DO NADA

Se nada há,
o que há?
Deixa de haver,
tudo
se
esfuma.
Ficamos num chão sem chão,
numa vertigem sem vertigem,
num aqui
que
não há...

Por aqui danço, danço no abismo,
se abismo há e se há dança,
outras falas, tons e sons
principiam.
E deles nascem
coisas...
que talvez não sejam nada!

Respiro o que não há,
num espaço onde hei ou não,
de existir,
nos múltiplos mins e eus
que sou
ou não!

(Sentir e Ser - 2012)


DE SÚBITO...

Entrei,
abrupta na vida,
tão brusca
quanto deixei a minha morte.

(Sentir e Ser - 2012)