quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

FUTURO


Um Ícaro de papel vou erguer à Lua,
enquanto baleias voadoras e mantas planadoras
vagueiam sob o céu violeta.

Vou ver seres, homens e mulheres,
que hibernam pacientes.
Aguardam pensamentos de cristal,
para irem envergar,
asas de cores translúcidas.

Ocultas no mar sereno,
brincam medusas de água,
brilham os sonhos de crianças,
com risos de gaivota.
E os cavalos-marinhos,
trazem melopeias
para dançar com as anémonas.

Véus de esmeralda gentis,
encobrem delicados girassóis,
que nascem,
em busca do Amarelo.

Vou soprar grãos de areia
e germinar estrelas do mar.

A canção dos golfinhos
dirá palavras do futuro,
memórias do que poderia ter sido.

Vou agarrar sóis radiantes com as minhas mãos,
e semeá-los numa terra azul.

Tudo isto eu verei,
tudo isto farei.

(Sentir e Ser - 2011)

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