Por tua causa,
sabem a Maio os morangos
e o Verão guardou o Sol em sumarentas ameixas quentes,
colhidas em incautos gestos.
Por tua causa,
trepei pelo espírito da Árvore
e aninhei-me em seus braços,
acolhi as flores e provei os frutos
de todas as Estações e Tempos.
Por tua causa
fui Ente diáfano de todas essas Flores,
de todas essas Árvores,
inspirei e guardei perfumes exóticos
de jasmim, canela e rosa.
Por tua causa
segredaram-me ao ouvido
os seus indizíveis nomes,
as coisas que outrora povoaram esses lugares.
Por tua causa,
coube,
inteira,
a minha colossal e frondosa floresta,
no teu pequeno quintal!
Lá pertencemos e vivemos!
(Sentir e Ser - 2013)
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